Capim BRS Quênia

A cultivar híbrida BRS Quênia é resultado do cruzamento entre dois genótipos de panicum maximum de origem africana. É uma planta cespitosa, ereta, de altura média com folhas longas e glabras (sem pêlos).

Possui alto perfilhamento de colmos delgados. Seu florescimento é precoce e definido, ocorrendo a partir de janeiro nas condições de Campo Grande, MS.

O capim BRS Quênia supre a demanda por uma cultivar de p.maximum de porte intermediário e de fácil manejo. Suas folhas macias e colmos tenros oferecem forragem de alta qualidade e proporcionam ótimos ganhos de peso. Sua facilidade de manejo, por manter baixo ao alongamento dos colmos, é uma característica que a diferencia entre todas as cultivares de port médio a alto.

Na avaliação sobre pastejo no Acre e em Mato Grosso do Sul, a cultivar apresentou bom estabelecimento bem como elevada persistência  nos períodos seco e chuvoso do ano.

No Rio Grande do Sul, sob baixas temperaturas, mostrou persistência similar à dos panicuns mais resistentes, com produção de forragem superior. O capim BRS Quênia é recomendado para cultivo em solos de média e alta fertilidade nos biomas Amazônia e Cerrado. Exige precipitação anual de 800mm e períodos de no máximo 6 meses. Não apresenta resistência a solos encharcados, portanto, não pode ser plantada em áreas com ploblema de drenagem.

O capim BRS Quênia tem alta resistência por antibiose às cigarrinhas das pastagens e revelou-se moderadamente resistente aos danos causados pelas cigarrinhas adultas, compatível ao tanzânia.

O capim BRS Quênia apresentou grau de resistência à mancha das folhas superior ao tanzânia e semelhante ao mombaça e massai, porém inferior ao zuri.

O principal diferencial dessa cultivar em relação às cultivares tradicionais tanzânia e mombaça é a melhor arquitetura da planta, com touceiras de menor tamanho, maior densidade de folhas verdes e macias, colmos tenros e menores porcentagens de material morto, o que facilita o manejo do pastejo e a manutenção da estrutura do pasto, mais favorável ao elevado consumo da forragem pelo gado.

Para o estabelecimento do BRS Quênia, a quantidade de fósforo a ser utilizada depende do nível de argila no solo:

- 18 a 21 mg/dm de P para solos com menos de 15% de argila;

- 12 a 15 mg/dm de P para solos de 15% a 35% de argila;

- 3,8 a 10 mg/dm de P para solos com argila entre 36% a 60%;

- 4 a 5 mg/dm de P para solos com mais de 60% de argila.

Potássio acima de 50 mg/dm - Pede saturação por bases entre 45% a 50%; pelo menos 30 kg/ha de enxofre, um mínimo de 50 kg/ha de nitrogênio, e de 40 a 50 kg /ha de uma fórmula FTE com Zn, Cu, B e Mo.

as pastagens de BRS Quênia devem receber adubação anual de manutenção proporcional à produção de carne e leite almejada, além de adubação nitrogenada no período das águas.

O estabelecimento desta cultivar é feito com 3 a 4 kg de sementes puras viáveis/ha. Semear em solo bem preparado, ou em plantio direto, entre 2 a 5 cm de profundidade. O primeiro pastejo deve ser realizado entre 50 e 60 dias após o nascimento das plantas. Este primeiro pastejo possibilita um melhor aproveitamento da forragem, estimula o perfilhamento e facilita o manejo da pastagem.

O capim BRS Quênia deve ser utilizado sob pastejamento rotacionado com entrada aos 70 cm de altura e retirado dos animais com 35 cm de resíduo. O período de ocupação preferencial é de 3 a 6 dias.

Não custa lembrar, as cultivares postadas são opções para região de cerrado e principalmente para o semiárido norte mineiro. A precipitação anual aqui na minha região (média dos últimos 30 anos) é de 1033mm anuais.

O BRS Quênia é um dos capins mais utilizados para pastejo rotacionado em nosso país. Boa rebrota, boa digestibilidade e colmos tenros fazem dele uma excelente pastagem para piquetesem sua propriedade rural.

Valores nutricionais por 100g de capim-quênia:

  • Energia: 320 kcal
  • Carboidratos: 50g (principalmente fibras)
  • Proteínas: 7g
  • Gorduras: 1g
  • Fibra: 22g
  • Cálcio: 120mg
  • Fósforo: 90mg
  • Vitamina C: 12mg
  • Vitamina E: 1mg
  • Vitamina K: 12mcg

O capim-quênia é rico em fibras, o que pode ajudar a regular o trato gastrointestinal e controlar os níveis de açúcar no sangue. Além disso, é uma boa fonte de cálcio, fósforo e vitaminas C, E e K.



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